Aproveitando o embalo das mensagens anteriores, achei que podemos ser
enriquecidos por alguns outros pensamentos do Papa Francisco que
encontramos na revista “Mundo e Missão”. Eis o cardápio:
“Eu sou um pecador. Fui escolhido por misericórdia. Deus olhou para
mim com amor. Sou alguém olhado pelo Senhor. Deus tem paciência comigo”.
“Desejo uma Igreja pobre, com os pobres, nas periferias. A Igreja
precisa curar todas as feridas, aquecer os corações dos fiéis, estar
próxima do povo e com os pobres e ser como o bom samaritano”.
“Deus nos ama por primeiro, com antecipação. Ele chega antes, vem
primeiro, está sempre antes, tem a iniciativa de vir a nossa procura.
Deus nos procura antes que nós o procuremos. Deus antecede, precede, vem
primeiro. Deixemo-nos amar, acreditemos no amor de Deus”.
“Entremos pela porta da fé. Abri as portas do coração a Jesus Cristo.
Há portas fechadas para Deus e abertas para o shopping, o estádio de
futebol, os motéis. Nossas casas não podem ter portas fechadas aos
pobres. Jesus bate à nossa porta. As portas do inferno não vencerão.
Jesus nos abriu as portas do Paraíso”.
“Livremo-nos do veneno do vazio interior e da ilusão do consumismo”.
“A opção por Jesus requer: desapego dos bens, fé na providência do Pai, vigilância interior e esperança na salvação”.
“A alegria não vem das sensações, nem da moda, nem do divertimento,
nem do sucesso. A alegria nasce do encontro com Deus e da amizade com os
outros”.
“A misericórdia é o DNA de Deus. É o remédio para as nossas feridas, é
a resposta de Deus ao nosso pecado. Deus lava e apaga nossa culpa, nos
recria”.
“Quem toca no pobre, no doente, no aflito, toca a carne de Cristo. Jesus se fez carne no pobre”.
“Salvemo-nos da curiosidade doentia e da deusa lamentação. Sejamos
profetas da alegria e da coragem para superar a amargura, a lamúria e o
desânimo. Coração ao alto, coragem, não tenhais medo”.
“A Igreja deve despojar-se de vestes e revestir-se de Cristo Jesus, e
estar a serviço do reino. Despojar-se da vaidade, do carreirismo, da
mesmice e da mundanização. Prepotência, orgulho, mundaneidade são
ídolos, especialmente o dinheiro, a aparência e a vaidade”.
“A Igreja é uma mãe corajosa, que leva seus filhos ao encontro com
Jesus... Precisamos de uma Igreja que volte a dar calor, a inflamar o
coração, paciente, misericordiosa e compreensiva”.
“Na Igreja existem escândalos, mas também tanta santidade e esta é
maior. Esta ‘santidade cotidiana’, escondida, de tantas mulheres e
homens que trabalham o dia todo pela família”.
“A falta de trabalho é pecado contra o reino. O desemprego faz a
pessoa sentir-se sem dignidade. O centro do mundo é o dinheiro, que é um
ídolo que sacrifica vidas, gero o desemprego e a tragédia da crise
econômica. O dinheiro é a raiz da exclusão dos anciãos e dos jovens.
Somos vítimas da cultura do descarte. No centro da economia deve estar a
pessoa, não o lucro”.
“Não deixeis que vos roubem a esperança. Vamos remar contra a
corrente, ir adiante, procurar juntos as soluções, crer no diálogo,
fazer-se próximo uns dos outros. Ter esperança é ser criativo, corajoso,
audaz e esperto”.
“Jesus é nosso intercessor no céu, é nosso advogado e defensor. Ele
nos atende, defende, guia, orienta, sustenta. O mal não vencerá. Deus é
maior e mais forte. Seu reino não terá fim”.
“Peço licença para entrar no coração de cada pessoa brasileira... Não
tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado:
Jesus Cristo!”
“A juventude é a janela pela qual o futuro entra no mundo... Saiam de
vocês mesmos, de todo fechamento para levar a luz e o amor do Evangelho
a todos, até as extremas periferias da existência!... Não deixemos
entrar em nosso coração a cultura do descartável”.
“O mistério da Cruz é um grande mistério para o homem e do qual se pode aproximar somente através da oração e das lágrimas”.
“Chegamos a ser plenamente humanos, quando somos mais do que humanos,
quando permitimos a Deus que nos conduza para além de nós mesmos a fim
de alcançarmos o nosso ser mais verdadeiro. Aqui está a fonte da ação
evangelizadora”.
“A vida se alcança e amadurece à medida que é entregue para dar vida
aos outros. Isto é, definitivamente a missão. Consequentemente, um
evangelizador não deveria ter constantemente uma cara de funeral.
Recuperemos e aumentemos o fervor de espírito, a suave e reconfortante
alegria de evangelizar, mesmo quando for preciso semear com lágrimas!”
Convido todo cristão, em qualquer lugar ou situação em que se
encontre, a renovar hoje mesmo o seu encontro pessoal com Jesus Cristo
ou, pelo menos, a tomar a decisão de se deixar encontrar por Ele, de
procurá-lo dia a dia sem cessar”.
Edificados por esses apelos à fé e à confiança em Deus Pai, sigamos os passos de Jesus na perfeita alegria e esperança cristã.
CNBB